Períodos pós-crise já afetaram o fluxo de viagens pelo mundo outras vezes; entenda!

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4 min de leitura

Por: Confidence Câmbio • 13/05/2022

Pode-se dizer que sim, estamos em um dos períodos pós-crise e o turismo está recuperando o fôlego no Brasil e no mundo. De acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo – fórum para a indústria especializada -, o setor deve retornar globalmente aos níveis pré-pandemia em 2023 e expandir a uma taxa que vai superar a do crescimento do produto interno bruto (PIB).

Em entrevista no começo do ano, a diretora executiva da Organização Mundial de Turismo da ONU, Zoritsa Urosevic, afirmou que é hora de repensar todo o mercado. “Eu diria que esse setor é muito resiliente: todos nós sonhamos, e todos queremos viajar. Por enquanto, precisamos melhorar a educação e a formação, mas vejo um futuro brilhante. Os turistas vão voltar numa relação que será mais respeitosa do que antes: haverá um novo caminho para a felicidade no turismo e no intercâmbio cultural”.

A essa altura, ninguém quer imaginar outra crise acontecendo, não é? Felizmente, a pandemia de COVID-19, que essencialmente paralisou o planeta, deixou de ser a manchete mais importante dos jornais. E, como ela, outros momentos históricos delicados já colocaram em xeque a autonomia das pessoas em cruzarem fronteiras. Momentos de incerteza vem e vão e, provavelmente, continuarão testando a sociedade e as instituições. Saiba como períodos pós-crise, a exemplo de guerras e desastres naturais, já afetaram o fluxo de viagens antes – e os aprendizados para que, em caso de necessidade, esse mercado possa se recuperar com mais eficiência no futuro.

Viagens & turismo no contexto da Primeira Guerra Mundial…

Na primeira metade do século 20, a indústria do turismo crescia vigorosamente graças à produção em massa de ônibus e carros. A Europa comandava e testemunhava o movimento, mas, quando as viagens internacionais estavam virando pauta, estourou a Primeira Guerra Mundial – que, no fim das contas, acabou mudando o mapa do continente. Aí ficou mais difícil viajar mesmo pois houve, de modo geral, certa restrição de circulação para outros países. Economicamente, foi um baque e os governos perceberam os efeitos que a falta de visitantes poderia trazer. A crise decorrente dos conflitos intensificou o interesse no turismo (nessa mesma época, o padrão de passaporte e vistos começava a ser amplamente adotado).

…e na Segunda Guerra Mundial

Terminada a Segunda Guerra Mundial, em 1945, o setor ganhou um impulso gigantesco, muito por conta da revolução tecnológica que impactou os transportes, dos automóveis aos aviões de grande capacidade e autonomia (já usados comercialmente. LINK PARA TEXTO DA HISTÓRIA DOS AVIÕES). Agências enxergaram o potencial no mercado e fundaram as primeiras entidades associativas, como sindicatos e agremiações de operadoras de viagens. Isso tudo abriu caminho para que o turismo se lançasse a patamares de indústria global.

Períodos pós-crise: recessão nos anos 1970 e o turismo de massa

A recessão de 1973-1975 foi um período de estagnação econômica em grande parte do mundo ocidental, que colocou um ponto final na expansão econômica geral pós-Segunda Guerra Mundial. Era uma crise diferente das anteriores, porque desemprego e inflação estavam nas alturas simultaneamente. Essa também foi uma época de consolidação do turismo de massa: viajar deixou de ser algo apenas para um grupo exclusivo para se tornar uma atividade de lazer ao alcance de muitos.

Viagens para os Estados Unidos após os ataques terroristas de 11 de setembro

Não há muita necessidade de dizer o que ocorreu naquele dia, mas aqui vai um pequeno resumo: camicases lançaram dois aviões contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e outro contra o Pentágono, em Washington. Uma quarta aeronave caiu em uma área deserta da Pensilvânia. Esse foi o maior ataque em território norte-americano desde o bombardeio japonês à base de Pearl Harbor (no Havaí, em 1941). Os atentados foram reivindicados pela rede Al-Qaeda de Osama bin Laden, baseada principalmente no Afeganistão dos talibãs.

Pode ser que você não se lembre ou não tenha vivenciado a repercussão, mas já imaginou um ataque terrorista em Nova York, um dos principais destinos turísticos do mundo? Nós já falamos algumas vezes sobre a cidade por aqui!

Passar por aeroportos nunca mais foi a mesma coisa: medidas de segurança mais rígidas foram introduzidas assim que as viagens aéreas civis foram retomadas – e os viajantes enfrentaram longas filas no período de adaptação aos novos sistemas. As consequências repercutiram em todo o globo, com países endurecendo verificações de identidade e triagem de segurança. Em 2002, a União Europeia colocou em vigor um regulamento exigindo que as companhias aéreas confirmassem se o passageiro que embarca é a mesma pessoa que despachou sua bagagem.

O impacto imediato do 11 de setembro no turismo incluiu uma grande queda na demanda por viagens para os Estados Unidos – a confiança do passageiro foi afetada, uma vez que voar não era mais uma experiência prática. Segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo, calcula-se que as receitas das companhias aéreas com voos domésticos nos EUA caíram US$ 10 bilhões por ano entre 2001 e 2006. Para dar uma ideia, as perdas líquidas globais devido à pandemia de Covid em 2020 foram de US$ 126,4 bilhões no total.

Períodos pós-crise: episódio Subprime

A bancarrota do tradicional banco de negócios norte-americano Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, encerrou de forma brutal o frenesi criado em torno das operações arriscadas no setor do crédito imobiliário americano. A crise se refletiu no mercado de viagens com um recuo de receita considerável. 

Desastres naturais em destinos turísticos

A destruição causada por um desastre natural impacta diretamente o turismo em destinos consagrados:

  • Depois do tsunami que varreu a costa de uma dezena de países banhados pelo Oceano Índico, em 2004, um grande programa de assistência internacional foi implementado e, governos locais apostaram no turismo para se desenvolver economicamente. Um exemplo disso é a Tailândia: no ano seguinte à catástrofe, residentes e turistas recuperaram a confiança no destino, especialmente em Phuket, graças aos incentivos. 
  • Porto Rico decidiu adotar uma nova infraestrutura de energia depois que o furacão Maria arrasou a rede de transmissão e distribuição da ilha em 2017. Até 2050, 100% da energia consumida no país caribenho será de fontes de energia renovável.

Alguns bons aprendizados

A plena recuperação do turismo é chave para superar a crise causada pela pandemia na América Latina e Caribe.  O que dá para afirmar é que quando há compromisso com a indústria do turismo, todo o ecossistema é beneficiado. Países que desenvolveram planos de contingência específicos, lidam melhor com os desafios que invariavelmente afetam o setor.

Fique sempre de olho nas novidades publicadas aqui, no blog da Travelex Confidence!

Fontes: Nações Unidas, Inter-American Development Bank, Reuters, PANROTAS, CNN Brasil, Agência Brasil, Europeana

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