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Nos últimos anos, a Argentina se consolidou como um dos destinos preferidos dos brasileiros que buscavam unir experiências turísticas a preços acessíveis. Contudo, a situação econômica, somada a mudanças significativas na política monetária e fiscal do país, alterou muito essa realidade.
Em 2025, o cenário é outro: a nação vizinha perdeu o status de destino mais em conta, e turistas brasileiros começam a buscar opções mais vantajosas em outros países da América Latina.
A crise econômica levou a um aumento expressivo nos custos de bens e serviços na Argentina. Os preços de itens básicos, como alimentação e transporte, subiram cerca de 40% em 2024, sendo que uma refeição simples em Buenos Aires, que antes custava em torno de R$ 30, agora supera R$ 50. Em paralelo, a inflação acumulada no país ultrapassou os 120% no ano passado.
Esses fatores não apenas impactaram o custo de vida, mas também reduziram a competitividade do turismo na região. O fluxo de turistas brasileiros para a Argentina caiu aproximadamente 25% em 2024.
Restaurantes, hospedagens, transportes e até mesmo as tradicionais atrações culturais deixaram de ser tão sedutoras para o bolso estrangeiro, especialmente para os brasileiros, que também sentem os efeitos da desvalorização do real frente ao dólar.
Leia mais: Qual moeda levar para a Argentina: dólar, peso ou real?
Dados do setor indicam que, em 2024, cerca de 60% dos brasileiros que viajaram para a América Latina optaram por destinos fora do eixo tradicional Argentina–Chile. Esse cenário coloca em xeque a hegemonia argentina como principal destino turístico da região e abre espaço para novos protagonistas.
O Paraguai, por exemplo, tem se destacado com suas compras duty-free e hospedagens que custam até 30% menos que em destinos tradicionais. No Uruguai, pacotes turísticos para Montevidéu e Punta del Este ganharam popularidade, com tarifas competitivas e experiências de luxo a custos moderados.
Já o Peru e a Colômbia oferecem um mix de turismo histórico e natural, como a trilha para Machu Picchu e as praias de Cartagena, com gastos diários que variam entre R$ 150 e R$ 200 por pessoa.
O real é mais valorizado frente ao peso uruguaio, o que atrai muitos turistas em busca de uma viagem mais intimista, repleta de cultura e boa gastronomia em Montevidéu.
Vale ressaltar que destinos populares, como Punta del Este, costumam ter preços em dólar, o que pode reduzir a economia esperada ao comparar com o peso uruguaio. Essa tendência tem sido vista em outros países do sul do continente, como a própria Argentina e Paraguai.
Atualmente, R$1 equivale a aproximadamente 7,20 pesos uruguaios.
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A moeda brasileira tem uma vantagem em relação ao peso colombiano, o que atrai turistas do mundo todo para explorar algumas das cidades mais ricas culturalmente da América Latina.
Ao visitar a Colômbia, não deixe de conhecer a vibrante Cartagena, com suas ruas históricas, fortalezas e belas praias costeiras; a encantadora Ilha de San Andrés; o famoso e colorido rio Caño Cristales; e claro, saborear a culinária colombiana, reconhecida internacionalmente.
Uma curiosidade interessante sobre a cidade é que ela abriga o Museu do Ouro, que possui a maior coleção de artefatos de ouro pré-hispânicos do mundo, proporcionando uma viagem incrível pela história das antigas civilizações que habitaram a região.
Vale lembrar: em janeiro de 2025, R$ 1 é equivalente a 705 pesos colombianos.
A moeda local possui uma taxa de câmbio competitiva ao real (R$ 1 equivale a 0,62 novo sol peruano) o que torna o Peru um dos destinos com o melhor valor para o real. E costuma atrair mais de 200 mil turistas brasileiros todos os anos.
Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas, é uma das sete maravilhas do mundo moderno e um destino imperdível para quem visita o Peru. O país também compartilha com nações vizinhas uma de suas maiores riquezas naturais: a Cordilheira dos Andes, que oferece paisagens impressionantes (e únicas).
Um fato curioso sobre a região é que a Cordilheira abriga o Vinicunca, ou “Montanha das Sete Cores”, cujas formações coloridas são resultado de minerais presentes na terra, criando um espetáculo natural único.
Leia mais: Turistas brasileiros aumentam 71% no Peru – Confidence Câmbio
No Equador, onde a moeda oficial é o dólar americano, o custo de vida é bastante acessível, apesar de o real ser menos valorizado — atualmente, R$1 equivale a cerca de 0,16 dólares americanos. Para contextualizar, o salário mínimo no país gira em torno de 400 dólares e uma passagem de ônibus custa apenas 25 centavos de dólar. Isso é o que torna o Equador um dos destinos com o melhor valor para o real.
O Equador é um destino repleto de atrações que destacam a rica diversidade natural, cultural e histórica. Entre os pontos altos estão as Ilhas Galápagos, conhecidas por seus passeios de barco, mergulhos e caminhadas, além de encontros fascinantes com tartarugas gigantes, iguanas marinhas, leões-marinhos e uma vasta gama de aves.
A capital Quito, com seu centro histórico bem preservado, é famosa por sua arquitetura colonial espanhola, igrejas antigas e ruas de paralelepípedos. Imperdíveis são a Basílica del Voto Nacional, o Palácio do Governo e o Teleférico, que oferecem vistas panorâmicas da cidade. Além disso, os Andes equatorianos oferecem vistas de vulcões imponentes, como o Cotopaxi e o Chimborazo.
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Fonte: Exame | Valor Econômico | Folha de S. Paulo
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