Hedge cambial: saiba como funciona e como usá-lo

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4 min de leitura

Por: Confidence Câmbio • 13/02/2020

O hedge cambial é uma forma em que a empresa ou mesmo investidores têm para se proteger das variações do mercado — principalmente quando se trata de lidar com ativos ou produtos de outros países.

Aqui, vamos explicar como funciona essa estratégia e quais são os tipos de hedge encontrados no mercado. Entenda!

Onde surgiu o “hedge”?

A palavra “hedge” pode ser traduzida como “proteção” e se refere a uma prática que data do século XIX — os primeiros relatos são do mercado agrícola de Chicago. Nessa época, os produtores, para evitar que os preços baixassem quando muitos levassem os mesmos produtos, procuravam negociá-los antes mesmo de entregar a mercadoria.

Dessa forma, o hedge pode ser considerado um conjunto de estratégias financeiras com o objetivo de minimizar os riscos de transações.

Como funciona hoje

O fundamento é o mesmo de quando surgiu, mas há muito mais possibilidades. Geralmente, utilizam-se derivativos, que são instrumentos financeiros decorrentes do preço de um ativo. As duas opções mais comuns, nesse caso, são os contratos futuros da bolsa e balcão.

O primeiro é encontrado na bolsa de valores e o segundo, especificamente, é disponibilizado pelos bancos, existindo três tipos: NDF (contrato a termo de moedas), SWAP (contrato de troca de índice) e opções. Eles funcionam de acordo com a disparidade de valores; isto é, no vencimento, há um pagamento da diferença entre a taxa de contrato e a de liquidação.

Hedge na prática

Vamos utilizar um exemplo prático para entender melhor como funciona. Imagine que uma empresa exportadora de arroz recebeu um pedido hoje e o pagamento será daqui a dois meses. Para que a companhia possa saber qual será o valor da venda, ela precisa considerar o custo cambial do momento.

Acontece que ela não tem como prever o futuro – pode ser que a cotação da moeda estrangeira esteja mais baixa no momento do pagamento. Para se proteger desse risco, a empresa faz um hedge, ou seja, procura por importadores interessados em pagar um preço estimado da cotação da moeda para daí a dois meses – quando o pagamento será feito.

Quais são os tipos de hedge?

Como comentamos no começo do texto, essa é uma prática que não serve só para empresas que querem proteger o seu negócio. Até mesmo investidores podem usufruir dos benefícios. Veja quais são os principais tipos de hedge.

Hedge cambial

De maneira geral, quando uma empresa exportadora ou importadora negocia produtos, ela precisa analisar o preço da produção, as tarifas, impostos, margem de lucro e taxa de câmbio. Sendo essa última é uma variável de risco que algumas companhias conseguem repassar para o preço final. 

Porém, existem aquelas que não conseguem. Para se proteger, elas fazem o que chamamos de hedge cambial. Isto é, através de derivativos, elas fixam um valor para o câmbio, que será cobrado na data acordada por ambas as partes. Dessa maneira, consegue se proteger caso a moeda se desvalorize ou aumente – no caso de importadora.

Hedge em commodities

Serve para contratos agrícolas — lembra quando falamos sobre o surgimento do termo, em Chicago? Então, é quase a mesma coisa. Nesse caso, o produtor compra ou vende contratos futuros em que os preços são fixos e estipulados para serem pagos em uma data acordada. Dessa maneira, ele consegue travar a cotação em um valor que esteja de acordo com seus objetivos.  

É uma ferramenta importante para o equilíbrio dos preços. Afinal, caso ocorra falta de commoditie, o preço aumenta, ao mesmo tempo que, se acontece uma alta produção, os valores caem.

Hedge em ações

Essa é uma forma de se proteger contra as oscilações das ações da bolsa, como o próprio nome diz. Aqui, o investidor compra as ações ou investe em índices relacionados a setores de mercado. 

No primeiro caso, ele compra uma espécie de direito sobre aquele papel, ou seja, é possível negociá-lo na bolsa até o prazo determinado pelo contrato. Por exemplo, uma opção de ação que custa R$ 45 reais e é negociada com lucro de 6%. Após a venda do papel, o contratante deve recomprar essa ação mais barata para devolvê-la ao dono, ficando com os 6% de valorização.

De que forma é possível fazer o hedge cambial?

As empresas podem utilizar 3 tipos de ferramenta para conseguir se proteger perante às oscilações do câmbio. Algumas vezes, elas não evitam o risco, mas conseguem diminuí-lo o suficiente para que não haja um prejuízo expressivo em suas contas. Veja quais são:

Contratos futuros de dólar

O dólar é uma moeda considerada forte e no caso de contratos futuros, é firmado um compromisso entre quem vai comprar e quem vai vender. Essas negociações podem ser determinadas na bolsa ou em um banco.

Uma de suas características é acompanhar a taxa de câmbio do mercado à vista. Sendo assim, se a moeda sobe, o comprador deve receber a variação diária em reais. Quando o contrato termina, a soma dessas oscilações diárias tende a compensar a tarifa de câmbio.

Apesar da proteção garantida, há um custo cobrado pela BM&F Bovespa (Bolsa de Mercadorias & Futuros) para realizar essa operação. A instituição faz com que o investidor deposite quantias ou títulos como precaução, aumentado o valor total para realizar o hedge.

Opções de dólar

É como se fornecesse o direito de adquirir um ativo por um preço fixo. Nesse caso, o dono da opção paga uma parte do valor do ativo e tem o direito de utilizá-lo até uma data pré-determinada.

Fundos cambiais

Em termos de funcionamento, eles não são muito diferentes de outros tipos de fundos de investimento. A principal distinção está na composição. Eles são ativos que devem ter, pelo menos, 80% do seu patrimônio ligado a aplicações em moedas. Fundos cambiais de dólar, por exemplo, são aqueles que têm produtos que se baseiam na cotação dessa moeda.

Vimos que o hedge pode ser uma ótima estratégia de proteção, principalmente para lidar com as oscilações do dólar, por exemplo. 

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